QUE NADA
SE PERCA
A comemoração de
Todos os Fiéis Falecidos é ocasião para recordar aqueles que já passaram por
este mundo, para agradecer o bem que puderam fazer, o amor que conseguiram
espalhar.
É também ocasião
para pensar na própria morte. Não para deixar de fazer planos, mas para
direcionar a própria vida na perspectiva dos seguidores de Jesus, o Filho que
revela o amor pleno do Pai e busca a todo custo salvar a todos.
Salvar de que, para
que e como? Salvar de uma vida sem sentido, que se perde no nada; salvar para a
vida eterna, na ressurreição que nos abre a visão e o ser de Deus, o tudo para
sempre; salvar pela fé nele mesmo, o Filho de Deus, aderindo a suas palavras,
assimilando sua vida, doada como alimento para a vida do mundo.
É oportuno,
portanto, pensar na morte em relação à vida. Dizemos que o contrário da morte é
a vida. Mas a morte terrena não é o fim da vida. O contrário da morte terrena é
tão somente o nascimento neste mundo. A vida continua, plenificada por Deus,
que nos ressuscita por sua graça. Pois é de graça que Deus nos dá a vida
eterna, resgatando o pouco que aqui tivermos feito, completando o muito que
ficou faltando. E isso porque ele ama.
Pensar na morte é
pensar no amor que se doa, o amor que dá sentido à nossa vida; o amor que
revela qual é a nossa fé, nossa adesão a Jesus; o amor que somos chamados a
viver hoje, porque hoje pode ser, de fato, nosso último dia.
Ao rezar por nossos
entes queridos que já vivem na comunhão dos santos, agradeçamos ao Deus da
vida, que nos ama e em seu Filho dá sentido à nossa existência. A fé na
eternidade e a certeza da morte terrena nos levam a relativizar o que aqui
deixaremos, para dar a devida importância ao que levaremos para junto de Deus.
Pe. Paulo Bazaglia,
SSP
Nenhum comentário:
Postar um comentário