Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul/RS
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A violência é uma realidade chocante. Conforme dados do Mapa da Violência tivemos, em 2012, 56 mil pessoas assassinadas no Brasil. Somando a estas as pessoas que morrem no trânsito e se suicidam, passamos de 100 mil pessoas mortas anualmente no Brasil, sem contabilizar as pessoas que são assassinadas com a prática do aborto. Poucos são os dias onde os noticiários policiais não falam de assassinatos, suicídios ou mortes em nossas cidades.
Além disso, sabemos que a violência nem sempre provoca a morte. Ela se manifesta em diversos meios e de diferentes formas. Se manifesta nas famílias onde casais não dialogam entre si, onde pais abandonam ou maltratam os filhos, onde filhos abandonam os pais idosos e doentes. Se manifesta no tráfico de drogas, na exploração do trabalhador, nos abusos sexuais, na discriminação de pessoas por causa da cor, idade, religião ou condição social.
Se manifesta no trânsito com a falta de respeito às leis, falta de cuidado na direção e desrespeito aos outros motoristas. E se manifesta, sobretudo, no pouco valor dado à vida humana, onde pequenas desavenças facilmente levam a atitudes radicais, como brigas e assassinatos.
Em base a esta realidade e, impulsionados pelas palavras e atitudes do nosso Papa, a Igreja no Brasil proclamou 2015 como o Ano da Paz. A abertura se deu no último dia 30 de novembro e a conclusão será no Natal de 2015. Conforme dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, “um ano da paz pode nos ajudar a refletir sobre o porquê da violência e a necessidade da paz. Mas também busca, junto às nossas comunidades, momentos onde as pessoas possam expressar que desejam viver em harmonia e em fraternidade”.
Façamos, portanto, deste Ano da Paz, um período de reflexão, aprofundando as causas da violência e fortalecendo os laços de paz e fraternidade entre nós. Digamos não à violência e sim à paz!
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