Por Josiano Soares Pitombeira
Secretário paroquial
O natal é festa da
família. É o dia do encontro e da confraternização. Muito mais do que mero
feriado no calendário, é dia em que deveríamos nos sentir, de fato, todos
irmãos. Este “sentir-nos todos irmãos” quer dizer que somos filhos de um mesmo
Pai, que nos ama muito. Ama de tal forma, que se fez humano.
O menino que nasce no
Natal é Deus mesmo que veio ficar perto de nós. Daí hoje ser um dia grande. Não
se entende a grandeza deste dia apenas racionalmente. Se buscarmos compreender
este acontecimento apenas por meio da razão, corremos o risco de não alcançar
seu verdadeiro sentido. Na verdade, o Natal não é para ser entendido. É para
ser sentido. E isso se dá pela fé.
Sentir o Natal é perceber
que nós pertencemos a Deus. Não estamos neste mundo por acaso. Estamos aqui
porque o Senhor tem um projeto especial para nós. Seu projeto nos oferece uma
palavra sólida que nos liberta da liquidez de um mundo inconsistente e
perverso.
Podemos dizer, sem receio,
que o Menino Senhor que nasce veio nos oferecer vida em plenitude. Ele nos quer
vivos e saudáveis. Por isso ele “se esvazia” e desce“ das alturas” para nos
encher de alegria.
Não há, para o cristão,
justificativa para um mundo de tristeza e solidão. O altíssimo encheu a terra
de sua glória para que todos tenham vida.
Se o mundo, porém, ainda
está marcado por toda sorte de fracasso, pela violência, pelo ódio e pela
morte, essa situação não é culpa de Deus. Quem sabe ocorra porque ainda não
quisemos conhecer e acolher a luz que ilumina todo ser humano, que ilumina toda
criação. E essa luz é Jesus Cristo. A ele contemplamos hoje na simplicidade do
presépio.
É na simplicidade do
presépio que podemos sentir a grandeza deste dia. Ocorre que, muitas vezes, o
Natal não passa de uma festa comercial, com seus apelos falsos, superficiais e
pretensiosos. Um Natal assim empacota Jesus, que pode até aparecer muito
enfeitado na publicidade, mas não toca a existência sofrida da humanidade.
Este é o dia, portanto,
para contemplarmos a manifestação de Deus, que vem ao nosso encontro
discretamente, na simplicidade de uma criança. Acolhê-lo em nossa vida é
acolher a luz, é comprometer-se a combater todas as trevas geradoras de
tristeza e sofrimento na comunidade humana.
Um santo e abençoado Natal a todos (as)!
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