PELO SIM DE MARIA, DEUS SE FAZ CARNE
Deus
intervém na vida de Maria e a convida para ser a mãe do salvador do mundo,
Jesus Cristo. Jesus se faz corpo no corpo de Maria, verdadeiro santuário que
Deus desejava para se hospedar no seio da humanidade. Graças ao sim de Maria, a
palavra viva de Deus toma corpo num corpo materno. Com isso, Deus encontra uma
casa para morar.
O coração da pessoa é o
santuário preferido onde Deus deseja habitar. É o templo vivo, formado por
seres humanos, pedras vivas, das quais Maria foi a primeira.
O anjo vai ao encontro da jovem
Maria enquanto ela realiza suas tarefas cotidianas. Assim Jesus marca presença
lá nas atividades do dia a dia, onde as pessoas vivem, convivem e trabalham.
Deus se faz carne para viver junto com os mortais, não para ficar preso nos
santuários e trancado nas sacristias.
Segundo
o papa Francisco, a Igreja não pode ficar fechada em si mesma, mas deve ir ao
encontro, abrir-se às necessidades das pessoas, sair do comodismo e buscar as
periferias que carecem da luz do evangelho.
A novidade da vinda de Jesus é
que ele não nasce de uma personagem poderosa e influente nem em um grande
centro político e religioso, mas nasce da generosidade de uma jovem
inexperiente e desconhecida e numa vila sem nenhuma importância, Nazaré, de
onde nada se esperava.
Ele não vem com poder, como um
guerreiro forte e assombroso, nem quer ser um líder triunfalista, mas é o
Messias do serviço e da doação. Veio revelar e construir o reino de Deus, reino
da paz, da justiça, do amor e da solidariedade.
Deus se faz gente na pobre
criança de Nazaré para tornar divino o humano. Jesus elevou à dignidade de
filhos e filhas de Deus todo ser humano que vem ao mundo. É a concretização da
comunhão entre o céu e a terra, já não mediante uma instituição, mas por meio
de um menino.
Pe. Nilo Luza, ssp
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