Dom Canísio Klaus
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
Bispo de Santa Cruz do Sul (RS)
Com o olhar voltado para as eleições de
outubro, comemoramos a Semana da Pátria, que tem seu ponto alto no domingo, dia
7 de setembro. A bandeira do Brasil está tremulando em todos os prédios
públicos e o Hino Nacional está sendo cantado nas escolas e praças das cidades.
No final de semana, os desfiles cívicos tomarão conta das ruas e avenidas. Tudo
isto para reforçar o sentimento de amor à Pátria Brasil.
Amar a Pátria significa nutrir
afeto para com o país onde nascemos e vivemos, com o desejo de que tudo de bom
possa acontecer com este país. Implica no compromisso de trabalhar e lutar para
defender os interesses do povo e o bem estar de todos os cidadãos. Em combater a
exploração e zelar para que o governo seja justo e honesto, denunciando o
desvio do dinheiro público e aqueles que habitualmente agem contra a lei.
Mais do que denunciar, o amor à Pátria,
conforme nota da CNBB, implica em “contribuir na construção de outra prática
política, firmada nos valores éticos de promoção e defesa da vida”, com
atitudes construtivas.
Uma pessoa sem pátria é uma pessoa sem
chão e sem lar. É o que está acontecendo com milhares de pessoas forçadas a
abandonarem seus países por causa da violência no Oriente Médio e na Ásia ou
pela falta de perspectivas de vida em vários países da África e da América
Latina. Estas pessoas ficam ansiosamente esperando que um país as acolha,
tornando-se assim filhos adotivos de uma nova Pátria.
Para que nossa Pátria tenha um futuro
glorioso, estamos sendo convocados a elegermos os nossos governantes no mês de
outubro. Devemos cuidar para não cair nas artimanhas de “lobos revestidos em
peles de cordeiro”. Com o propósito de nos ajudar a que isso não aconteça, a
CNBB divulgou a nota “Pensando o Brasil: desafios diante das eleições”. Aí se
diz que “o eleitor deve conhecer o passado de seu candidato e averiguar se o
discurso e a prática por ele apresentados se conformam aos valores da ética e
do bem comum”. Também alertam para a necessidade de “manter uma atitude de
fiscalização e vigilância”, denunciando os abusos e as irregularidades na
medida em que elas se tornarem evidentes. Frente à urgência da Reforma
Política, precisamos, em outubro, “eleger pessoas que se disponham a aprovar as
grandes reformas necessárias ao Brasil melhor”.
Aproveitemos a Semana da Pátria e o
período pré-eleitoral para aprofundar o nosso sentimento patriótico e clarear o
nosso compromisso com a Pátria onde nascemos e vivemos. Façamos frente ao senso
comum de que “política é coisa suja”, e participemos ativamente das eleições,
pois, conforme nos alerta o Papa Francisco, “a política é uma das mais altas
formas da caridade, porque busca o bem comum”.
Que Deus, por intermédio da Mãe
Aparecida, proteja a nossa Pátria!
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