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Se dependesse das
notícias que são produzidas todos os dias, o mundo não teria futuro e, talvez,
já tivesse acabado. De fato, há verdadeira fábrica de notícias que espalham a
desesperança e enchem o coração humano de angústia, como se nada mais tivesse sentido
de ser. Como se tudo estivesse num beco sem saída.
Jesus nos
ensina o contrário. O mundo tem futuro, a humanidade é digna. Portanto, a
comunidade cristã não pode cair na tentação de dar ouvidos aos profetas das
desgraças. Ela deve dar ouvidos à palavra do Senhor: “Vão pelo mundo inteiro e
anunciem a boa notícia a toda a humanidade” (Mc 16,15). Deve ser propagadora da
esperança. Encontra-se na raiz de nossa vocação o signo da esperança. Aquela
mesma esperança que moveu o coração do Criador desde o começo: “E Deus viu tudo
o que havia feito, e tudo era muito bom” (Gn 1,31).
Ocorre que o
pecado manchou e estragou o sonho do Criador. Ocorre também que o pecado não
venceu a bondade. A bondade triunfou. A bondade é o outro nome do amor. E o
amor se fez carne, osso, sangue. O amor é Jesus, que se fez igual em tudo a
nós, menos no pecado. É bom que se diga “menos no pecado”, porque Deus não
negocia com o pecado. O pecado humilha, desumaniza, mata. Deus faz acordo com o
amor. O amor alegra, acalma, enche a vida de sentido. O amor salva. Foi isso
que Jesus fez durante todo o tempo de sua travessia na terra: “Tendo amado os
seus do mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Amar até o
fim quer dizer que, para além de todas as dores do mundo, há um amor capaz de
ser fiel sempre. É o amor de Jesus que nos impulsiona. O mesmo amor que moveu o
seu coração diante da dor do mundo. Amor compassivo, capaz de tocar a carne
ferida dos sofredores da terra. Jesus teve sempre uma palavra de ânimo, de
consolo e de esperança para anunciar. É nossa missão fazer o mesmo. Anunciar a
boa notícia é questão de obediência ao que Jesus nos manda fazer.
Nesse
sentido, a Igreja nos convida hoje a meditar o mandado de Jesus na perspectiva
da comunicação no sagrado espaço familiar: “Comunicar a família: ambiente
privilegiado do encontro na gratuidade do amor”. Façamos de nossas famílias o
primeiro lugar da comunicação da boa notícia, do respeito, da convivência
alegre, da fidelidade, da partilha das dores e da esperança.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito,
ssp
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