Hino da Padroeira

domingo, 17 de maio de 2015

COMUNICAR A BOA NOTÍCIA

Imagem da internet
Se dependesse das notícias que são produzidas todos os dias, o mundo não teria futuro e, talvez, já tivesse acabado. De fato, há verdadeira fábrica de notícias que espalham a desesperança e enchem o coração humano de angústia, como se nada mais tivesse sentido de ser. Como se tudo estivesse num beco sem saída.
Jesus nos ensina o contrário. O mundo tem futuro, a humanidade é digna. Portanto, a comunidade cristã não pode cair na tentação de dar ouvidos aos profetas das desgraças. Ela deve dar ouvidos à palavra do Senhor: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a boa notícia a toda a humanidade” (Mc 16,15). Deve ser propagadora da esperança. Encontra-se na raiz de nossa vocação o signo da esperança. Aquela mesma esperança que moveu o coração do Criador desde o começo: “E Deus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom” (Gn 1,31).
Ocorre que o pecado manchou e estragou o sonho do Criador. Ocorre também que o pecado não venceu a bondade. A bondade triunfou. A bondade é o outro nome do amor. E o amor se fez carne, osso, sangue. O amor é Jesus, que se fez igual em tudo a nós, menos no pecado. É bom que se diga “menos no pecado”, porque Deus não negocia com o pecado. O pecado humilha, desumaniza, mata. Deus faz acordo com o amor. O amor alegra, acalma, enche a vida de sentido. O amor salva. Foi isso que Jesus fez durante todo o tempo de sua travessia na terra: “Tendo amado os seus do mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
Amar até o fim quer dizer que, para além de todas as dores do mundo, há um amor capaz de ser fiel sempre. É o amor de Jesus que nos impulsiona. O mesmo amor que moveu o seu coração diante da dor do mundo. Amor compassivo, capaz de tocar a carne ferida dos sofredores da terra. Jesus teve sempre uma palavra de ânimo, de consolo e de esperança para anunciar. É nossa missão fazer o mesmo. Anunciar a boa notícia é questão de obediência ao que Jesus nos manda fazer.
Nesse sentido, a Igreja nos convida hoje a meditar o mandado de Jesus na perspectiva da comunicação no sagrado espaço familiar: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”. Façamos de nossas famílias o primeiro lugar da comunicação da boa notícia, do respeito, da convivência alegre, da fidelidade, da partilha das dores e da esperança.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp

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