JESUS É O
FILHO DE DEUS
O Evangelho de Marcos inicia-se com João Batista pregando um batismo de
conversão e profetizando a chegada de alguém mais forte do que ele, o Messias,
salvador e Filho de Deus. João não é nem digno de se abaixar aos pés do
anunciado. Ele batiza com água, mas o que virá batizará com o Espírito Santo.
Nisso aparece Jesus para ser batizado: os céus se abrem, ele vê o
Espírito Santo se fazer presente em sua vida e ouve a voz do Pai, que o
proclama seu Filho amado. João Batista sai de cena e entra Jesus, anunciando
seu projeto.
Os céus “estavam fechados”, parecendo estar obstruída a comunicação
entre o céu e a terra, entre o divino e o humano. Havia a necessidade de romper
essa barreira invisível e estabelecer a comunicação com o transcendente. Havia
a sensação de que Deus estava isolado e longe da humanidade.
Com a vinda do Espírito Santo sobre Jesus, os céus “são rasgados” e
volta a se estabelecer a comunicação do divino com o humano. Finalmente é
possível o encontro e a convivência com Deus. Um homem cheio do Espírito
perambula pelas terras da Palestina, anunciando o reino de Deus.
Movido pelo Espírito Santo, Jesus cura, liberta, transforma e renova as
pessoas e todas as coisas. À semelhança do caos do início da criação que se
transforma em cosmos com o sopro divino, a nova humanidade nasce com a chegada
do Filho de Deus, iluminado e guiado pelo Espírito.
Graças ao Espírito Santo que recebemos no batismo, também nos tornamos
novas criaturas. Somos integrados a uma comunidade, a Igreja.
Sem esse Espírito de Deus, nossa vida é morna, sem compromisso, a
alegria esmorece, a esperança morre, os medos tornam-se fantasmas a nos
atormentar. Se não nos deixamos animar e recriar por esse Espírito, não temos
como contribuir para a nossa comunidade nem apontar novo rumo para a sociedade,
tão necessitada de valores que dignifiquem e defendam a vida da humanidade.
Pe. Nilo Luza, ssp
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