A devoção a São José na Igreja Católica
é antiquíssima. A Igreja do Oriente celebra-lhe a festa desde o século nono,
tendo os Carmelitas introduzido tal festa na Igreja ocidental. Os Franciscanos
em 1399 já festejavam a comemoração do santo Patriarca. Xisto IV inseriu-a no
breviário e no missal; Gregório XV generalizou-a em toda a Igreja. Clemente XI
compôs o ofício com os hinos para o dia 19 de março e colocou as missões da
China sob a proteção de São José. Pio IX introduziu, em 1847, a festa do
Patrocínio de São José e, em 1871 declarou-o PADROEIRO DA IGREJA CATÓLICA; Leão
XIII e Benedito XV recomendaram aos fiéis a devoção a São José, de um modo
particular, chegando este último Papa a inserir no missal um prefácio próprio.
Nada sabemos a respeito da infância de São José, tampouco da vida que levou, até o casamento com Maria Santíssima. Os santos Evangelhos não nos dizem coisa alguma a respeito; limitam-se apenas a afirmar que José era justo, o que quer dizer: José era cumpridor da lei, homem santo.
Nada sabemos a respeito da infância de São José, tampouco da vida que levou, até o casamento com Maria Santíssima. Os santos Evangelhos não nos dizem coisa alguma a respeito; limitam-se apenas a afirmar que José era justo, o que quer dizer: José era cumpridor da lei, homem santo.
Que a virtude e santidade de São José
foram extraordinárias, vemos pela grande missão que Deus lhe confiou. Segundo a
Doutrina de São Tomás de Aquino, Deus confere as graças e privilégios à medida
da dignidade e da elevação do estado, a que destina o indivíduo. Pode
imaginar-se dignidade maior que a de São José que, pelos desígnios de Deus,
devia ser esposo de Maria Santíssima e pai nutrício de seu divino Filho?
Maria Santíssima, consentindo no enlace com o santo descendente de David,
não podia ter outra coisa em mira, senão uma garantia para o futuro, uma defesa
de sua virtude e uma satisfação perante a sociedade, visto que no Antigo
Testamento não era conhecida, e muito menos considerada, a vida celibatária.
Celebrando o contrato, Maria Santíssima certamente o fez com a garantia
absoluta da pureza virginal, que por inspiração divina votara a Deus.
Ao realizar-se a grandiosa obra
da Encarnação do Verbo, o Arcanjo Gabriel comunicou-lhe o grande mistério, que
nela se havia de realizar e, após pronunciar o "fiat", consentindo
sua maternidade operada pelo Espírito Santo, deixou São José em completa
ignorância. Com esse consentimento, dirigiu-se à casa de Isabel, onde se
demorou três meses e, de volta para casa, seu estado causou no espírito se São
José as mais graves preocupações e cruéis dúvidas. A virtude e a santidade da
esposa estavam acima de qualquer suspeita, não lhe permitindo explicação menos
favorável. Nesta perplexidade invencível, resolveu abandonar a esposa e, quando
tudo já estivesse providenciado para a partida, um Anjo do Senhor lhe aparece
em sonhos e lhe diz: "José, filho de Davi, não temas admitir Maria, tua
Esposa, porque o que nela se operou é obra do Espírito Santo". Foram assim
de vez dissipadas as negras nuvens do espírito de José. Com quanto respeito,
com quanta atenção não teria tratado aquela, que pela fé sabia ser o tabernáculo
vivo do Messias.
Ignora-se quando São José morreu. Há
razões que fazem supor que o desenlace se tenha dado antes da vida pública de
Jesus Cristo. Certamente não se achava mais vivo quando seu Filho morreu na
cruz; do contrário não se explicaria porque Jesus recomendou a Mãe a São João
Evangelista, não tendo por isto razão, se estivesse vivo São José.
Que morte santa terá tido o pai nutrício de Jesus! Que felicidade morrer nos braços do próprio Jesus Cristo, tendo à cabeceira a Mãe de Deus! Mortal algum teve igual ventura. A Igreja com muita razão invoca São José como padroeiro dos moribundos e os cristãos se lhe dirigem com confiança, para alcançar a graça de uma boa morte.
Não existem relíquias de São José,
tampouco sabe-se algo do lugar onde foi sepultado. Homens ilustrados e versados
nas ciências teológicas houve e há que defendem a opinião que São José, em
atenção a sua alta posição e grande santidade, foi, como São João Batista,
santificado antes do nascimento e já gozava de corpo e alma da glória de Deus
no céu, em companhia de Jesus, seu Filho e Maria, sua Santíssima esposa.
Grande deve ser a nossa confiança na
intercessão de São José. Não há pessoa, não há classe que não possa, que não
deva se lhe dirigir. Santa Tereza, a grande propagandista da devoção a São
José, chegou a dizer: "Não me lembro de ter-me dirigido a São José, sem
que tivesse obtido tudo que pedira".
Reflexões
São José é um dos grandes santos a que a Igreja patenteia a maior devoção e confiança. E com razão! O Esposo de Maria Santíssima, o pai adotivo de Cristo, tendo recebido de Deus as mais honrosas distinções, quão caro não deve ser ao Onipotente, quanto poder não deve ter sobre o coração do Divino Filho. Recorram, pois, àquele modelo de vida oculta e contemplativa os que escolheram para si o melhor modelo de perfeição. Recorram todos a São José para obter a pureza do corpo, da alma e do espírito. Ele é o advogado dos agonizantes porque só ele, entre os mortais, teve a graça de expirar nos braços de Jesus e Maria.
São José é um dos grandes santos a que a Igreja patenteia a maior devoção e confiança. E com razão! O Esposo de Maria Santíssima, o pai adotivo de Cristo, tendo recebido de Deus as mais honrosas distinções, quão caro não deve ser ao Onipotente, quanto poder não deve ter sobre o coração do Divino Filho. Recorram, pois, àquele modelo de vida oculta e contemplativa os que escolheram para si o melhor modelo de perfeição. Recorram todos a São José para obter a pureza do corpo, da alma e do espírito. Ele é o advogado dos agonizantes porque só ele, entre os mortais, teve a graça de expirar nos braços de Jesus e Maria.
Fonte: http://www.linkscatolicos.com.br//
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